Siga-nos

Bahia

Com orçamento de mais de meio bilhão para 2023, Governo Federal espera avançar na execução das obras da Fiol

Orçamento deve garantir que a obra chegue próximo a 70% de conclusão ao fim do ano

Publicado

em

A Fiol é uma ferrovia que corta a Bahia e está dividida em três trechos diferentes. O trecho 1, entre Ilhéus e Caetité, já foi concedido à iniciativa privada e é administrado hoje pela mineradora Bamin. Em 2023, o projeto terá o ritmo acelerado, com o início das obras no Trecho 1 da Ferrovia Oeste Leste (FIOL) e o avanço na construção do Porto Sul, em Ilhéus (BA).

O trecho 2, entre Caetité e Barreiras, está em construção pela Infra S.A. e cerca de 58% das obras executadas até agora. Elas evoluíram lentamente, no governo anterior, diante da escassez orçamentária. A primeira concessão de ferrovias do novo governo está sendo preparada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), que espera ter um desenho do projeto no fim do primeiro semestre. A ideia preliminar do ministério é oferecer a concessão integrada da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) e de dois trechos da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol).

O Governo Federal espera avançar na execução das obras do trecho II da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), entre as cidades de Caetité, no Centro Sul, e Barreiras, no Extremo Oeste da Bahia. De acordo com os dados do Portal da Transparência, o orçamento previsto para 2023 é de R$ 535 milhões, o que deve garantir que a obra chegue próximo a 70% de conclusão ao fim do ano, percentual que pode ser considerado viável para a concessão da ferrovia, assim como ocorreu com o trecho I, de Ilhéus a Caetité, hoje com cerca de 75% de conclusão e com expectativa de retomada nos próximos meses pela Bahia Mineração (Bamin), empresa que ficou responsável por concluir a obra.

Os estudos de viabilidade econômica do projeto serão apresentados até o fim de abril pela Infra S.A., estatal subordinada à pasta que nasceu da fusão da Valec com a Empresa de Planejamento e Logística (EPL). A Fico, que terá 383 quilômetros de extensão entre Mara Rosa (GO) e Água Boa (MT), está sendo integralmente construída pela mineradora Vale como uma contrapartida à renovação contratual da Estrada de Ferro Vitória-Minas até 2057.

De acordo com Renan Filho, o objetivo do atual governo é avançar em pelo menos dez pontos percentuais em 2023. “Com 68% das obras executadas, temos condições de oferecer a Fiol e a Fico, juntas, para uma concessão à iniciativa privada”, afirmou.

O valor previsto para este ano equivale a 2,5 vezes o orçamento de 2022, que foi de R$ 202, milhões. Com a concretização de sua execução, as empreiteiras responsáveis pelos três lotes, que juntos têm 58% de conclusão, devem voltar a contratar trabalhadores para o andamento da construção da ferrovia.

A diminuição do ritmo das obras nos últimos anos afetou o saldo de emprego nas cidades de São Desiderio e Guanambi, onde há canteiros de obras. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostraram a diminuição dos postos de trabalho no ramo de construção de obras de infraestrutura.

Além da volta dos empregos, parte do valor investido na FIol será convertido em impostos municipais às prefeituras onde as obras estão sendo executadas, melhorando a arrecadação e, principalmente a expectativa pela conclusão da ferrovia nos próximos anos, com possibilidade de mais oportunidades de negócios ao longo do traçado da ferrovia.