Bahia
Bahia bate recordes na revolução verde: Líder em energia eólica e hidrogênio verde!
Nesta celebração do Dia Mundial da Energia, o Estado da Bahia se consolida como vanguarda em desfossilização e produção de energia limpa


Energia renovável: emprego e desenvolvimento sustentável na Bahia | Foto: Carla Ornelas/GOVBA
No dia 29 de maio, em discussão ao Dia Mundial da Energia, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) da Bahia celebra sua liderança e inovação na transição para uma matriz energética mais verde. O estado é conhecido por ter a maior produção total de energia eólica e a segunda maior em energia solar do país. No primeiro trimestre de 2023, estas produções corresponderiam a 34,2% e 19,72% da geração nacional, respectivamente, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Angelo Almeida, secretário da SDE, destaca que as medidas tomadas pelo estado para minimizar e compensar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) são fundamentais no processo de desfossilização. Ele acrescenta: “Estamos comprometidos em aproveitar os recursos naturais disponíveis em nosso estado para ajudar na transição global para energias mais limpas. A Bahia é líder em incentivos fiscais para empreendimentos focados em energia renovável, como eólica, solar fotovoltaica, biomassa e hidrogênio verde”.
Relatórios executivos da SDE mostram que atualmente a Bahia possui 272 parques eólicos e 47 parques fotovoltaicos em funcionamento, somando uma capacidade instalada de 7,42 Gigawatts (GW) e 1,36 GW respectivamente. Juntos, estes setores criam 115 mil empregos em sua cadeia produtiva.
As perspectivas são ainda mais animadoras. Estima-se que nos próximos anos serão investidos mais de R$ 60 bilhões em usinas eólicas e R$ 50 bilhões em usinas solares, que estão começando a ser construídas. Com este desenvolvimento, espera-se a criação de mais de 500 milhões de empregos na cadeia produtiva desses setores.
Paulo Guimarães, superintendente de Atração de Investimentos e Fomento ao Desenvolvimento Econômico da SDE e presidente executivo da Comissão Especial do Plano Estadual para a Economia do Hidrogênio Verde, ressalta a visão futurista da Bahia em termos de produção de energia. “Estamos percorrendo novas rotas para as energias renováveis e o carbono. A natureza nos abençoou com ventos e sol poderoso. Nosso objetivo é desenvolver produtos verdes e renováveis para o mercado brasileiro e internacional. Nossa produção agrícola tem uma grande capacidade e já está entregando resultados de qualidade para satisfatório. No futuro próximo, além de reduzir a emissão de carbono, as energias renováveis serão a força motriz das baianas energéticas”
A Bahia também se prepara para inaugurar a primeira fábrica de hidrogênio verde em escala industrial no Brasil, com investimento total de US$ 1,5 bilhão. A Unigel, uma das maiores empresas químicas da América Latina e maior fabricante de fertilizantes nitrogenados do país, anunciou investimentos de US$ 1,5 bilhão no estado.
O hidrogênio verde, fonte de alta densidade energética e de carbono nulo, é produzido a partir de fontes renováveis. A Bahia oferece infraestrutura favorável para a produção de hidrogênio verde em termos de logística de transporte, dutovias, transmissão de energia elétrica de fontes eólica, solar, biomassa ou biogás e de água. Além disso, o uso de água salgada ao longo do litoral e doce em rios e aquíferos, localizada principalmente no semiárido e no oeste da Bahia, é uma possibilidade possível.
Por último, mas não menos importante, a ACELEN, proprietária da Refinaria de Mataripe, está investindo US$ 2,5 bilhões na implementação de uma unidade de produção de diesel renovável. Este diesel renovável, ao contrário do biodiesel, é idêntico ao diesel de petróleo e pode ser usado diretamente nos motores. Além disso, a empresa pretende produzir o SAF, que é o querosene de aviação verde. Essa produção vai usar oleaginosas baianas como matéria-prima, inicialmente a soja e posteriormente a macaúba, que será plantada pela ACELEN em parceria com a agricultura familiar da Bahia.