Bahia

Animais Silvestres são reintroduzidos em reserva na Bahia

Reintrodução de animais silvestres em reserva da Bahia reflete compromisso com a conservação e a biodiversidade local

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O ouriço-preto, uma espécie ameaçada, é solto na RPPN Lontra, reforçando o compromisso com a conservação da biodiversidade | Foto: Igor Macedo/ Acervo Bracell

Reintrodução de Animais Silvestres na Bahia

Notícias da Bahia: Na última sexta-feira, dia 2, a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Lontra, situada no Litoral Norte da Bahia, tornou-se o novo lar de 32 animais silvestres reabilitados. Esta ação reflete o compromisso contínuo da Bracell com a conservação e proteção ambiental na região. Entre os animais soltos, destaca-se o ouriço-preto (Chaetomys subspinosus), considerado uma espécie ameaçada de extinção, conforme as listas oficiais de conservação brasileiras e internacionais.

Importância da Reintrodução de Animais Silvestres

A reintrodução de animais silvestres na RPPN Lontra, reconhecida como Posto Avançado da Reserva de Biosfera da Mata Atlântica pela Unesco, representa uma ação significativa para a preservação da biodiversidade. Essa reserva, localizada entre os municípios de Entre Rios e Itanagra, oferece um ambiente seguro e adequado para espécies vulneráveis, com vegetação nativa e recursos hídricos abundantes, ideais para a sobrevivência de diversas espécies.

O biólogo Igor Macedo, especialista em Meio Ambiente da Bracell, explicou a relevância do projeto: “A reintrodução na RPPN Lontra é uma ação desenvolvida pela Bracell junto ao Cetas e ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), que cumpre requisitos de proteção, conservação e fomento à pesquisa científica, sendo um ambiente adequado para receber a espécie em questão e outras tantas”.

Espécies Soltas e Seus Hábitos

Entre os animais devolvidos à natureza, além do ouriço-preto, estavam tamanduá-mirim, urubu-cabeça-preta, coral-verdadeira, sariguê-orelhas-brancas, gaviões-carijó, jararacas, iguanas-verdes, jiboias, e sariguês-orelhas-pretas.

Ouriço-Preto: Este mamífero noturno e arborícola é um exemplo de como a degradação da floresta e a caça afetam a fauna local. Com hábitos discretos e pelagem resistente, o ouriço-preto frequentemente é confundido com espécies agressivas devido aos seus pelos, que podem se eriçar como defesa, mas não são capazes de serem lançados como espinhos. O biólogo Igor Macedo ressalta: “Os ouriços-pretos não são agressivos, mas, quando acuados, eriçam os pelos em busca de defesa.”

Outros Animais: O tamanduá-mirim e o sariguê-orelhas-pretas, além de aves como o urubu-cabeça-preta e répteis como a jiboia e a coral-verdadeira, fazem parte do elenco de espécies que agora habitam a reserva. A variedade de animais soltos indica a capacidade da RPPN Lontra em abrigar uma diversidade ecológica significativa.

Reintrodução de animais silvestres

Tamanduá-mirim explorando seu novo habitat na RPPN Lontra, contribuindo para a biodiversidade e a conservação ambiental na Bahia | Foto: Igor Macedo/ Acervo Bracell

Parcerias e Impacto na Conservação

A iniciativa é resultado de uma colaboração entre a Bracell, o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Salvador e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). Nos últimos quatro anos, as reservas administradas pela Bracell na Bahia, incluindo a Fazenda Raiz, o Projeto Sergipe e o Projeto Cachoeira, receberam mais de 1.200 animais, promovendo um impacto positivo e duradouro na conservação das espécies locais.

Além de suas características ecológicas favoráveis, a RPPN Lontra se destaca como uma Área de Soltura de Animais Silvestres (Asas), cumprindo um papel fundamental na recuperação e proteção da fauna brasileira. Essa abordagem integrada reforça o compromisso com a biodiversidade e a sustentabilidade ambiental, elementos essenciais para o equilíbrio ecológico e a preservação das espécies ameaçadas.

A reintrodução de animais silvestres na RPPN Lontra é uma iniciativa crucial que demonstra o empenho contínuo em prol da conservação ambiental na Bahia. Por meio de ações coordenadas e sustentadas, as parcerias estabelecidas entre instituições e especialistas garantem um futuro mais promissor para a fauna local, contribuindo para o enriquecimento da biodiversidade e o equilíbrio dos ecossistemas.

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