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Bahia

Adversários têm contratos com prefeitura, diz Rui Costa

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Biaggio Talento | A Tarde

O candidato do PT ao governo do Estado, Rui Costa, deu a entender que está acumulando um verdadeiro arsenal para ser usado, caso necessário, contra seus adversários na campanha eleitoral.

Rui (D) diz que quer discutir propostas para a Bahia, mas não fugirá do debate ético | Foto: Lúcio Távora/Ag. A TARDE

Rui (D) diz que quer discutir propostas para a Bahia, mas não fugirá do debate ético | Foto: Lúcio Távora/Ag. A TARDE

Ao ser perguntado se não temia que os concorrentes usassem o caso do secretário de Planejamento do Estado, José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras – que teve os bens bloqueados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) devido ao episódio da refinaria de Pasadena -, Rui respondeu: “Eles (os opositores) não têm nada a me ensinar sobre moral e ética e sobre relação com dinheiro público. Eu nunca tive empresas prestando serviço ao Estado. Meus filhos não têm empresa prestando serviço à prefeitura e ao estado. Nunca tive meus parentes com contratos com o estado. E todos eles, do candidato ao governador a todos eles, têm empresas que, no passado e presente, prestam serviço à prefeitura e Estado”. Ele deu as declarações pouco antes de ser entrevistado pelo apresentador Casemiro Neto no programa “Que Venha o Povo” da TV Aratu, dentro do projeto Vota Bahia (uma parceria dos grupos A TARDE, TV Aratu e Metrópole).

Rui disse pretender discutir propostas para o Estado, mas não vai fugir do debate ético. “Eu não tenho empresa de lixo, que presta serviço a ninguém e tem gente do lado de lá que tem. Pode estar no nome do filho, do irmão, da mãe. Não tenho outras empresas que recebem dinheiro do Estado. Quero travar o debate sobre propostas. Se vier um debate sobre ética vou ter. Não espere nenhum tipo de complacência porque responderei na mesma medida que vier”. Sem mencionar o nome dos “adversários” – a chapa Unidos pela Bahia é formada por Paulo Souto, do DEM, para o governo, vice Joaci Góes (PSDB) e Geddel Vieira Lima (PMDB) candidato ao Senado – o petista revelou que caso seja provocado vai perguntar “se é ético as pessoas terem várias empresas e usarem sua influência para constranger pessoas a terem contratos. Todo mundo sabe quem tem empresa de lixo, sabe quem está diretamente envolvido na campanha, ajudando a captar, a constranger pessoas para captar recursos. Que o candidato da oposição não venha falar de ética e moral até porque ele sabe quais sãos os familiares dele que têm empresas que prestam serviço em área pública a correligionários seus e só contrata com prefeituras de correligionários seus. Então, a resposta vai ser na mesma medida do ataque”.

Especificamente em relação a Gabrielli disse ter “convicção que ao final das investigações não vai ter nenhuma responsabilização sobre ele, mas a mancha está feita no currículo da pessoa”. E lamentou que “depois, daqui a três anos, quando sair o relatório final, não vai ter a mesma exposição que teve agora”.

Na entrevista a Casemiro Neto, Rui disse que conhece os problemas da Bahia e os grandes projetos que o Estado está tocando como a Ferrovia Integração Oeste Leste (Fiol) e o Porto Sul. Admitiu que o candidato do DEM, Paulo Souto também conhece a Bahia, mas segundo o petista “não cuidou dela” nas duas vezes que a governou.

Ao falar no programa de TV sobre seus planos na área de segurança pública, sugeriu que Souto peça “perdão” ao povo baiano por ter entregue o Estado com um aumento de 87% na taxa de homicídios em relação ao governo anterior. Seguindo a série de entrevistas na Aratu, hoje será a vez da candidata Lídice da Mata (PSB). O programa “Que Venha o Povo” começa às 11h10.