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Bahia

Adiamento do anúncio oficial da candidatura de Leão (PP) é sinal de crise

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Jairo Costa Jr | Correio da Bahia

01Leão, Nilo e sinais de crise Sinais enviados pelo Palácio de Ondina indicam que entrou água no caminho do deputado federal João Leão (PP) rumo à vaga de vice de Rui Costa (PT). Apesar de confirmada publicamente na quarta-feira pelo governador Jaques Wagner, a candidatura do parlamentar, cujo anúncio oficial estava marcado para hoje, entrou em modo de espera.

Em conversas reservadas, integrantes da cúpula governista admitem que a escolha de Wagner esbarrou em reações contrárias que apontam para uma crise na base aliada. A mais forte delas veio do rival do PP na disputa pelo posto, o presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT).

Em entrevista à rádio Tudo FM, Nilo não economizou nos ataques a Leão, a quem atribuiu tática de chantagem e comportamento de vira-folha. Com evidente tom de mágoa, disparou: “Na realidade, eu fui usado para valorizar a posição de vice”. Afirmou ainda ter perdido a “admiração política” por Wagner e avaliou como “bem difícil” uma nova aproximação com o petista. Para completar, disse que, por ele, o PDT está livre para compor com a oposição.

Contra a parede O levante do presidente da Assembleia deixou o Palácio de Ondina em uma sinuca de bico. Sobre o pano verde, está um d as principais tacadas de Jaques Wagner nas negociações entre os partidos: as vagas nos tribunais de Contas do Estado (TCE) e do Município (TCM).

Para efetivar as nomeações, o governador depende da vontade e do apoio de Marcelo Nilo em dar andamento aos pedidos no Legislativo. O que ele não demonstrou qualquer interesse. Entre elas, está a que foi prometida ao deputado federal Mario Negromonte (PP), na costura que resultou na escolha de João Leão. Assim, Negromonte é que entra em uma encruzilhada. Se perder a parada para Nilo, pode ficar sem o cargo e sem direito a disputar a reeleição.

Efeito dominó No fim da noite de ontem, Jaques Wagner foi surpreendido com uma reação vinda de onde menos esperava. Em nota enviada à imprensa, o PCdoB, parceiro de toda hora dos petistas, resolveu embaraçar ainda mais o novelo: “Havia um entendimento de que os partidos seriam consultados sobre as decisões finais de composição da chapa, o que não ocorreu conosco.

O PCdoB, aliado histórico, lamenta o fato de não ter sido ouvido sobre o desfecho e nem consultado sobre acertos outros que vêm sendo divulgados pela imprensa, com os quais não temos concordância”. No fim, deixou um recado que levou mais tensão ao governo. Marcou para segunda-feira uma reunião para reavaliar a posição do partido na aliança para as eleições.

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