Meu Pet
Câncer de pele também atinge animais e tem repercussões negativas na saúde do pet; diagnóstico precoce reduz chance de agressividade da doença
A exposição prolongada à radiação solar causa danos cumulativos na pele e pode gerar tumores principalmente nas áreas claras e nas orelhas
Felino da raça persa
Está em evidência a campanha Dezembro Laranja, que reforça sobre a importância da prevenção do câncer de pele. No Brasil, esse tipo de câncer é o de maior incidência, tanto nos humanos, quanto nos cães e nos gatos.
A ocorrência do tumor de pele costuma estar associada ao excesso de exposição à radiação ultravioleta. Assim, ao mesmo tempo que é o câncer que mais atinge pessoas e animais, é também o tipo mais evitável, pois basta não ter uma rotina de permanecer por horas seguidas ao sol para que a chance de contrair a doença seja drasticamente reduzida. O câncer de pele pode ter ainda outros desencadeadores, como predisposição genética, exposição a produtos químicos, poluentes, agrotóxicos, poluição ambiental e outros tipos de radiação.
A Dra. Fabiana Vitale, especializada em Dermatologia do Hospital Veterinário Taquaral (HVT), de Campinas-SP, orienta aos tutores que a melhor forma de prevenir a doença nos pets é controlar o período em que o animal recebe a radiação solar, principalmente em horários de maior índice UVA/UVB. E como os animais são curiosos e não têm noção dos perigos que os cercam, cabe ao tutor manter o cão e o gato afastados de poluentes, produtos químicos e outros itens potencialmente cancerígenos.
Lesões suspeitas
Como descobrir se o bichinho tem câncer de pele? A doença se manifesta em cães e gatos de diversas maneiras, no entanto, a Dra. Fabiana destaca que as mais comuns são na forma de nódulos, placas ulceradas, úlceras, áreas avermelhadas ou manchas escuras acompanhadas de mudanças de textura da pele. Devido a pelagem pode ser difícil para o tutor perceber as alterações e é bom frisar que muitos animais nem apresentam sintomas. “É recomendável ficar de olho no surgimento de dor e coceira, secreção sanguinolenta nestes pontos ou mesmo pus nas áreas de lesões”, alerta.
O tutor de algumas raças mais predispostas à doença deve ficar ainda mais vigilante. De acordo com a Dra. Fabiana, entre os gatos, os persas e Maine Coon são os que mais apresentam câncer de pele e em relação aos cães, o Boxer, Golden Retriever, Buldogue Inglês e Francês e Shih Tzu são os mais acometidos.
A vigilância do tutor, no entanto, deve incidir em todas as raças de pets. É preciso atentar-se ao aspecto da pele nas regiões onde mais o tumor costuma se manifestar, como por exemplo, as orelhas, a face e as áreas clarinhas, como a barriguinha. “A pele mais clara apresenta uma estimulação extra quando atingida pela radiação ultravioleta, fazendo com que o organismo fique predisposto a contrair o carcinoma espinocelular, melanoma, hemangioma ou a hemangiossarcoma”,
Diagnóstico
Na suspeita, a recomendação é a de levar o animal a um veterinário. A Dra. Fabiana afirma que o diagnóstico do câncer de pele é feito por meio de exames específicos, como citologia de nódulos ou lesões de pele, que podem ser feitos no dia da consulta. A dermatologista salienta ainda que uma biópsia com análise histopatológica da lesão ou nódulo, bem como imunohistoquímica, acompanhado de outros exames de triagem oncológica, a exemplo do ultrassom, raio X, ressonância, tomografia e exames de sangue são outras maneiras de confirmação.
“O ideal é que a ida a um veterinário seja periódica porque o especialista consegue identificar precocemente as alterações dermatológicas de qualquer origem. A Medicina Preventiva costuma ser mais efetiva e apresentar melhores prognósticos. A descoberta antecipada do câncer de pele restringe ainda a disseminação de metástases”, ressalta.
Tratamento
Dra. Fabiana enfatiza que o tratamento dos cânceres de pele depende do tipo tumoral, que é indicado por exames específicos. Porém, ela adianta que há a possibilidade de necessitar remover o nódulo ou tumor por meio de cirurgia ou buscar a melhora através da quimioterapia, imunoterapia e radioterapia.
O asseio do animal também deve ser levado em conta para a prevenção do câncer e de outras doenças. O pet deve ter sua pele e pelos limpos e hidratados periodicamente e também estar protegido de pulgas e carrapatos. “A pele, normalmente, funciona como um espelho da saúde geral do animal, se a pele está com problemas, pode ser um indicativo da presença de doenças sistêmicas. Ela também atua como uma barreira contra agentes agressores externos. Assim, se a pele está saudável, essa primeira forma de defesa do organismo funciona adequadamente como seu protetor”, observa.
Seja integrante de nossos grupos de WhatsApp!
Falabarreiras Notícias 01
Falabarreiras Notícias 02
Falabarreiras Notícias 20
Falabarreiras Notícias 42
Falabarreiras Notícias 43
Falabarreiras Notícias 44
Falabarreiras Emprego 01
Falabarreiras Emprego 15
Falabarreiras Emprego 16
Falabarreiras Emprego 17
Falabarreiras Emprego 18