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Carnaval

Carnaval de rua atrai multidão ao Centro Histórico durante o Barreiras Folia

Uma democrática reunião de ritmos e manifestações culturais toma conta do local durante a folia momesca

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em

Fotos: Clayton Pignata

O carnaval multicultural, os blocos tradicionais e a irreverência, além de reforçar as marcas de um evento que já faz parte da longa tradição carnavalesca da cidade e da história de vida de muita gente, fazem do Centro Histórico de Barreiras, Oeste da Bahia, um atrativo perfeito para todos os gostos durante os dias da festa momesca. Abrindo espaço para uma multidão, embalada ao som de bandas carnavalescas tradicionais ou alternativas, o local vem se consolidando como mais um endereço da folia em Barreiras.

Com mais de meio século de existência, trazendo um desfile cultural democrático que mantem firme a tradição, o sentimento e a paixão de seus fundadores, no sábado, o Bloco da Rôla chamou a atenção por dar continuidade no sentido de festejar a folia momesca. O bloco surgiu no ano de 1969 por meio da ideia de alguns amigos que pegaram uma gaiola e saíram atrás de uma Rola Fogo Pagô, uma espécie de pomba muito comum na região Oeste.

Longe do circuito comandado por artistas consagrados, no início da tarde do domingo, a animação, o exagero e as cores fortes marcaram e deram o tom às fantasias presentes no Bloco Netos de Momos. Carregando a tradição e a irreverência do Carnaval de Rua, com muita criatividade, os foliões esbanjaram nas fantasias para representar personalidades populares e figuras conhecidas e inusitadas. Super-heróis, fadas, personagens de desenhos animados e outros figurinos misturaram-se a grupos formados por famílias inteiras, crianças e idosos, esbanjando vitalidade, para comporem o cenário de ruas, becos e praças do local de onde tudo começou.

Na contramão do processo de mercantilização absoluta que tomou conta do carnaval, retirando a aura, e o sentido verdadeiramente popular da festa, os números recordes dos blocos tradicionais a cada ano em Barreiras e pelo país afora, demonstram a existência de resistência e de construção de uma autonomia popular frente à mercantilização e à domesticação da folia pela indústria cultural.