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Votar para continuar ou para mudar?

As eleições deste ano têm que ser úteis e resultar em algo importante

Publicado

em

Osmar Ribeiro

Se aproximam as eleições municipais, faltando agora dois dias, momento mais que crucial para a mudança na política local. Esses dois últimos dias serão importantes para pensar, refletir e analisar as implicações do gesto, aparentemente simples de votar, mas que influenciará a vida de toda uma população nos próximos quatro anos.

As eleições deste ano têm que ser úteis e resultar em algo importante. Poderão ser renovadas a prefeitura e a câmara municipal. Muito poderá ser feito e o barreirense tem que ser pontual na hora de depositar seu voto, muita coisa está em jogo.

Há uma crise que ameaça provocar uma desconexão da representação política com a sociedade, que pode levar o eleitor a cumprir o dever de votar como obrigação, não como direito, escolhendo aqueles menos aptos ao exercício da política e provocando um novo ciclo de renovação perversa, onde os maus são substituídos pelos piores e assim sucessivamente.

A passividade dos cidadãos provém da desilusão. A cada nova eleição se renovam as expectativas, mas os novos eleitos em geral, com honrosas exceções, acabam se rendendo às velhas práticas políticas.

Ao longo dos anos o eleitor tem demonstrado uma irritação contida que aparenta passividade, mas que revela na verdade um descrédito generalizado da representação política. A indignação se dispersa nas redes sociais, ao invés de ser canalizada em manifestações mais concretas.

A impressão que passa é que a política e a sociedade formam dois mundos distintos e não relacionados entre si, e cada vez mais distantes um do outro. É preciso evitar que isso aconteça, pois caso contrário nossa vida cotidiana será prejudicada. E pior ainda, o ceticismo e a desconfiança disseminados podem servir de caldo de cultura para o surgimento de fenômenos contrários ao sistema democrático.

É importante votar, sem deixar de refletir muito bem sobre todos os candidatos. O exercício do direito de voto implica uma decisão racional e individual, que deve levar em conta os interesses coletivos da população. A eleição municipal, deste ano, coloca em jogo o futuro do país. É nas eleições municipais que se formam lideranças, que num futuro próximo ascenderão a postos mais altos dos poderes legislativos e executivos. Logo, ao exercer seu direito de voto o cidadão deve observar com cuidado a biografia do candidato e também daqueles que o acompanham – assessores, técnicos, colaboradores – antes de se decidir pela proposta de programa mais adequada para o seu município.

Aqui em nossa província temos três candidatos ao cargo máximo, são eles Antonio Henrique – Candidato pelo PP (11), Tito – Candidato pelo PSDB (45) e Zito – Candidato pelo DEM (25). São as opções a nós colocadas.

Por que votar em Antonio Henrique? Vive o seu terceiro mandato e enfrenta uma rejeição acentuada, passou por problemas dos mais variados em sua atual administração, deste saúde a financeiro. Mas, apesar de tudo vem fazendo um governo razoável, sei que alguns vão discordar, mas é preciso ver com olhos imparciais. Obras foram feitas desde o início de seu mandato, não somente agora como querem fazer parecer seus adversários que propagam que são obras “eleitoreiras”.

Por que votar em Tito? Tito até o momento só foi eleito para o legislativo, está virgem na administração do executivo. O que apresentou como presidente da Câmara Municipal é importante, porém muito pouco para se dizer que será um bom executivo, portanto é uma incógnita.

Por que votar em Zito? Zito foi administrador por 12 anos na vizinha cidade de São Desidério, dona do maior PIB Agrícola do Brasil. Quando Zito assumiu a prefeitura de São Desidério pela primeira vez, fez um bom serviço, tirou a cidade de um atraso histórico, porém em suas administrações posteriores não repetiu o mesmo sucesso. A cidade estagnou, não foram abertos novos loteamentos, a cidade não cresceu nem geograficamente nem em serviços, pois padece até hoje na educação, saúde e infraestrutura. O calcanhar de aquiles da administração de São Desidério é o Distrito de Roda Velha que é esquecido pelo executivo no decorrer de todos esses anos.

Que neste dois de outubro o barreirense saiba escolher bem seu representante.

Fonte de pesquisa:
Artigo de Reinaldo Dias que é professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie,
campus Campinas. Doutor em Ciências Sociais, Mestre em Ciência Política pela
Unicamp e especialista em Ciências Ambientais.