Barreiras

Vacina bivalente contra Covid-19 é eficaz, diz estudo da UFOB

Nova Vacina bivalente mostra promessa contra variantes de ômicron, ajustando o futuro da imunização

Publicado

em

A Vacina bivalente, conforme revela pesquisa da UFOB em colaboração com instituições brasileiras e publicada no Journal of Medical Virology, induz anticorpos neutralizantes eficazes tanto contra o coronavírus original quanto contra as subvariantes da ômicron, ainda que em quantidades variadas. Este estudo é um marco na área de virologia médica.

O estudo confirma a eficácia crucial da vacina no combate à doença, que viu um ressurgimento de casos em vários estados brasileiros recentemente. Sugere-se que o esquema de vacinação siga o modelo da gripe, com atualizações regulares na formulação para focar nas variantes mais novas.

(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});

O estudo pioneiro realizado no Brasil focou na eficácia da vacina Cominarty Bivalente BA.4/BA.5 da Pfizer, analisando a resposta imune em vacinados reais. Em Barreiras, Bahia, foram avaliados os anticorpos neutralizantes de 100 pessoas entre 16 e 84 anos. Enquanto alguns tinham recebido até quatro doses de vacinas monovalentes (Coronavac, Covishield, Janssen, Pfizer) focadas no vírus original de Wuhan, outros receberam a Vacina bivalente como quinta dose, visando tanto o vírus original quanto as subvariantes ômicron BA.4 e BA.5.

Os testes para avaliar a eficácia neutralizante dos anticorpos focaram em várias cepas do SARS-CoV-2: a original, que marcou o começo da pandemia; a ômicron, que foi a principal em 2021; além das subvariantes ômicron FE.1.2 e BQ.1.1, recentemente predominantes no panorama epidemiológico nacional.

Apoiado por entidades como Fapesp, Fapesb, Finep, CNPq, Capes e pelo MCTI, a pesquisa destacou a Vacina bivalente pela sua capacidade de intensificar a resposta imune e neutralizar de forma mais eficaz o ômicron e suas subvariantes, em comparação aos não imunizados com este imunizante. A Vacina bivalente, embora priorize o coronavírus original da fase inicial da pandemia, demonstra ser eficiente contra as variantes mais recentes, apesar de enfrentar desafios em manter uma imunidade robusta a médio e longo prazo contra estas cepas de maior relevância epidemiológica atual.

“Esse resultado era esperado, pois a memória imunológica depende de células que identificam partes do vírus e é ampliada pela quantidade de exposições ao agente infeccioso,” explica Jaime Henrique Amorim, professor no Centro das Ciências Biológicas e da Saúde da UFOB e líder da pesquisa. “Devido à sua natureza, o sistema imune responde mais eficientemente ao que já reconhece, e os participantes vacinados com a bivalente tinham previamente recebido quatro doses de vacinas monovalentes”, complementa, destacando também seu papel como pesquisador visitante no ICB-USP.

A pesquisa destaca um ponto crucial para a futura estratégia de vacinação: a Vacina bivalente, ao promover uma resposta imune majoritariamente direcionada ao vírus original, que deixou de circular em 2020, sinaliza a necessidade de ajustar sua composição para excluir tais componentes.

Milena Silva Souza e Jéssica Pires Farias, ambas vinculadas à UFOB, compartilham a autoria principal do estudo, realizado em colaboração com instituições do Brasil e dos Estados Unidos.

O artigo “Neutralizing antibody response after immunization with a COVID‐19 bivalent vaccine: Insights to the future” pode ser lido em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/jmv.29416

Seja integrante de nossos grupos de WhatsApp! Falabarreiras Notícias 01 Falabarreiras Notícias 02 Falabarreiras Notícias 20 Falabarreiras Notícias 42 Falabarreiras Notícias 43 Falabarreiras Notícias 44 Falabarreiras Emprego 01 Falabarreiras Emprego 15 Falabarreiras Emprego 16 Falabarreiras Emprego 17 Falabarreiras Emprego 18
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
Clique para comentar
Sair da versão mobile