Barreiras

Mulheres Policiais: Impactos da participação feminina nos quadros das Polícias Militares

Presença feminina nos quartéis tem trazido um pouco mais de leveza, diz comandante

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O mês de março é um divisor de águas na luta das mulheres para terem os seus direitos garantidos e, apesar dos avanços, ainda há muitos desafios a serem enfrentados no combate ao machismo e às desigualdades de gênero. O número de mulheres na segurança pública, por exemplo, ainda é menor em relação aos homens, mas vem crescendo.

Na Bahia, a PMBA admitiu as primeiras policiais militares femininas 165 anos após a sua fundação (1825), um marco para uma instituição que era predominantemente masculina. Desde então, as mulheres na PM desempenham funções de comando, operacionais e administrativas, nos 417 municípios baianos.

Um exemplo dessa conquista diária é da Maj. PM Lidiane Silva Aquino, a primeira mulher a comandar uma unidade militar na PM do Oeste. Homenageada no dia 08 de março pela Câmara de Vereadores de Barreiras, a comandante contou ao FalaBarreiras que veio para o município em dois mil e cinco. Trabalhou no então décimo batalhão até dois mil e sete, no núcleo de qualidade que atuava na área social, com o conselho comunitário e tinha muito relacionamento com o público externo. Como era tenente, também desenvolvia as atividades operacionais. De dois mil e doze a dois mil e dezessete, passou a atuar no financeiro do décimo batalhão.

Em março de 2022, a Major foi transferida do décimo BEIC para o comando regional. “Atualmente estou no comando regional, na coordenação administrativa e financeira do comando regional que é uma coordenação do Núcleo de Gestão Administrativa e Financeira do Oeste, sob o comando do Tenente Coronel Fábio”.

De acordo com a comandante, o trabalho com o núcleo de qualidade era um trabalho mais voltado para o público externo. “A gente trabalhava mais a questão social com a comunidade e o financeiro. Apesar de não ser filha de Barreiras, fui muito bem acolhida aqui, tanto pela comunidade quanto pelas unidade da PM aqui existentes. Não sofri nenhum tipo de preconceito em relação a isso, sempre fui respeitada pelos meus colegas de trabalho. Em ambientes que antes eram feitos para eles, o que a gente observa é que a instituição está passando por essa transformação,

conta a Major.

Ainda conforme a comandante, as mulheres têm conquistado o seu espaço em outras áreas, em outras profissões e como reflexo disso tudo, na PM não é diferente.  “Na Bahia, nós ainda não temos coronelas, nós temos tenentes coronéis. Aqui no oeste, só tem eu de oficiala, mas o que a gente observa é que essas mulheres atuam tanto na atividade fim, como eu mesma estava comandando a companhia o ano passado, como em outras áreas que inclui essa parte administrativa”, explica a Maj. PM Lidiane.

Vale destacar que a história das mulheres nesse setor está recheada de grandes conquistas. Além disso, contribuiu não apenas para que a mulher ganhasse visibilidade social e credibilidade, potencialidade, mas, principalmente, resgatou também a sua dignidade, possibilitando-lhe viver uma vida melhor.

“Eu acredito que a presença feminina nos quartéis tem trazido um pouco mais de leveza não é? Por ser essa uma característica peculiar feminina, ela tem trazido mais leveza aos quarteis e especificamente em relação ao comando regional que é o local que eu trabalho, a gente sente isso, e nós enquanto mulheres, enquanto integrantes dessa unidade, somos respeitadas e valorizadas, conclui a comandante.

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