Abandonado pela família em Barreiras, alcoólatra precisa de amparo

Elisângela Rosa | Nova Fronteira

Natural de Barreiras, José Domingos Ribeiro Guimarães, 46 anos, popular Zé, inspira cuidados, e não há quem cuide dele. Alcoólatra desde a juventude, Zé afirma que foi abandonado pela família após a morte da mãe. Atualmente vive solitário, dormindo na rua, onde conta apenas com a bondade dos vizinhos que fornecem alimentos e água.

Segundo ele, os irmãos venderam a casa onde ele morava com a família e sem teto, vive há cinco anos na calçada da antiga residência, localizada na rua Marechal Deodoro, Vila Dulce. Ali ele dorme, faz suas necessidades, o local não tem estrutura alguma, faça chuva ou sol, Zé enfrenta todas essas estações do ano e o mau cheiro incomoda quem passa no local. Com o braço quebrado, Zé afirma que foi causado por uma queda, e sem alimento certo e abrigo, ele até confessou que pararia de beber por um abrigo. Com seis Irmãos, Zé disse gostar muito de todos eles, e que uns até tentaram ajudá-lo.

Segundo os vizinhos, o alcoólatra é uma pessoa querida, todos tentam ajudar de alguma forma dando alimentos e água, mas isso não minimiza o sofrimento dele em viver na rua abandonado. Várias vezes ele passou mal na rua e quando ligamos para o Samu recebemos a informação de que eles não vêm mais socorrer devido às inúmeras vezes que ele foi atendido e a solução seria o internamento em uma clínica para dependentes químicos.

Segundo Marcos Silva, empresário que acompanha diariamente o drama de José Domingos, a situação é complicada, mas cabe à família tomar providências e ampará-lo. Solidário com a situação, o empresário já procurou a Secretaria de Promoção Social do município, que recentemente inaugurou uma casa de amparo aos moradores de rua e contou a situação de Zé e segundo ele, o órgão ficou de verificar, mas até o momento nenhuma ação foi providenciada. Marcos argumenta que se a família não tomar providências vai entrar com um processo no ministério público.

Em contato com Weslei Néris da Silva, irmão do alcóolatra, ele já levou Zé várias vezes para sua residência, mas ele sempre acaba fugindo, inclusive Zé já teria ficado internado numa clínica em Goiânia, onde fugiu com menos de um mês de tratamento. “Não posso prendê-lo em minha casa porque quem acaba sendo detido sou eu. Inclusive já consegui uma nova clínica de reabilitação em Brasília, apenas não tenho condições financeiras para levá-lo”, desabafou Weslei.

As pessoas que podem ou têm interesse em ajudar doando passagem para que Weslei possa encaminhar José Domingos para a clínica de reabilitação em Brasília, devem entrar em contato pelo fone (77) 9990-0634.