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Educação

Após dois anos de aulas remotas, escolas estaduais de Barreiras aos poucos estão voltando à sua normalidade

Professora Izolda Maia fala sobre os desafios das aulas remotas e a situação atual das escolas estaduais de Barreiras…

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Ambiente Educacional

Sede do Núcleo Territorial de Educação- NTE11 / Barreiras | Foto: Osmar Ribeiro/Falabarreiras

A volta às aulas 100% presenciais nas escolas estaduais da Bahia ocorreu desde o mês de fevereiro de 2022. Desde então, as escolas em todo o estado têm trabalhado com diferentes metodologias para recuperar a aprendizagem dos alunos que foi gravemente afetada pela pandemia. A retomada das aulas presenciais na rede estadual de ensino recolocou as escolas diante de grandes desafios e novas complexidades, com as dificuldades agravadas por quase dois anos letivos de aulas remotas, em turmas alternadas ou de frequência não obrigatória.

Principalmente após a pandemia do novo coronavírus, em que a educação foi adaptada para ocorrer a distância, novos planos para reconectar os estudantes às escolas se mostraram necessários. Com a volta ao presencial, muitos alunos estão enfrentando uma desigualdade educacional perante seus colegas ou ao seu ano de ensino. A busca por uma educação democratizada e igualitária é constante. Para isso, tem-se notado a necessidade do desenvolvimento de um plano de recuperação a fim de superar todos os obstáculos agravados pela pandemia.

Diante desses desafios, a professora Izolda Maia, diretora do NTE 11 (Núcleo Territorial de Educação) fala sobre os desafios das aulas remotas e a necessidade de recuperar as oportunidades de construção de conhecimento dos alunos. “Olha a gente percebeu que, não só os alunos, mas os professores de um modo geral estavam muito cansados, porque pode parecer que não, mas essas aulas remotas são muito cansativas. Eu tive a oportunidade de acompanhar os meus netos nas aulas remotas e é absolutamente terrível. Essa falta do aconchego, essa falta de você estar junto com o aluno, essa falta de você estar ali dentro da escola, conversando, dialogando com seus colegas. Isso é terrível. A falta do abraço, do cheiro, de sentir o cheiro do ambiente, do dia a dia, de todos do modo geral, isso é terrível. Aos poucos foram retornando e jamais a gente poderia imaginar, em nenhum momento na vida a gente pensou que pudesse viver uma situação dessa, que pudesse perder tantas pessoas. Outro dia eu estava olhando uma lista onde morreram não sei quantos coronéis, não sei quantos professores, nós tivemos um diretor territorial do NTE que faleceu também próximo de feira de Santana, se eu não me engano em Teixeira de Freitas”

, afirma Izolda.

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Professora Izolda Maia, Diretora do NTE 11 | Foto: Osmar Ribeiro/Falabarreiras

Izolda Maia relembra momentos ruins da pandemia, “Fomos perdendo as pessoas próximas e as pessoas tinham medo. Eu me lembro que no início a gente não saía de casa nem para visitar a mãe ali do lado, era pela janela que a gente conversava. Mas graças a Deus as coisas estão procurando voltar ao normal, a gente não está ainda no chamado normal, mas aos poucos a gente vai se encontrando e voltando a essa normalidade. Esse ano de 2022 foi muito importante por conta desse retorno presencial nas escolas, nós começamos o ano letivo com toda a programação sendo atendida, com jornadas pedagógicas acontecendo e calendários sendo elaboradas pelas unidades escolares. Aos poucos estamos voltando ao normal”, finaliza.