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Educação

8 tendências que ditarão o futuro da educação

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Os modelos tradicionais de ensino foram colocados à prova, não somente pela pandemia da Covid-19 e pelo distanciamento social, mas pela urgência de abrir espaço a novas formas pedagógicas que se identificam mais com as necessidades atuais.

Para Giulianna Carbonari Meneghello – especialista em ensino superior e novas tecnologias de ensino à distância e reitora da MUST University – a pandemia só acelerou o processo de transformação da educação, deixando as metodologias de ensino tradicionais para trás.

Abaixo, a especialista destaca 8 tendências que já são aplicadas no presente por algumas instituições relevantes e que ditarão o futuro da educação:

Lifelong Learning
Lifelong learning é um termo inglês que significa “aprendizado ao longo da vida”. Trata-se de um conceito que prioriza a educação contínua. Isto é, sustenta a ideia de que os estudos devem ser permanentes, e não apenas durante um curto período da vida.

De acordo com a teoria, cumprir somente os anos escolares e encerrar os estudos após a graduação não é o suficiente. Ainda que importante ter uma educação formal, o desenvolvimento é um processo que deve ser contínuo. Buscar especializações e acompanhar as transformações por meio de cursos de educação continuada serão cada vez mais essenciais para um profissional se destacar no mercado de trabalho.

Educação personalizada
Embora essa tendência de educação não seja uma novidade, ela conquistou ainda mais força. Cada vez mais, é preciso investir em uma educação personalizada com foco no desenvolvimento das habilidades. Ou seja, as escolas e universidades devem ter um olhar integral para o aluno.

Através de métodos específicos, é possível valorizar e educar cada aluno, favorecendo o aprendizado.

Ensino à distância
É fato que a pandemia e seus efeitos aceleraram as inovações no setor educacional. Nesse sentido, instituições, professores e estudantes tiveram que se adaptar rapidamente a uma nova realidade da aprendizagem e do ensino a distância.

O ensino online representa maior disponibilidade e flexibilidade, principalmente para quem precisa conciliar estudo e trabalho. Já para os professores, os desafios são maiores.

Para se consolidar nesse novo mercado, o profissional de ensino precisou se modernizar, saber tirar partido das tecnologias disponíveis e, principalmente, reconhecer que não são mais os únicos agentes do processo de aprendizagem.

“Todo processo de aprendizagem deve incluir a interação social e a mediação. Quando o professor atua nesta perspectiva, ele não é visto somente como um transmissor de conhecimentos, mas como um mediador”, afirma Giulliana.

Tecnologias imersivas
Após o Facebook anunciar um investimento considerável no metaverso – um modelo tecnológico que se destacou rapidamente no último ano, entendido como um ambiente virtual interativo e hiper-realista, o uso de recursos inovadores cresceu nas universidades.

Assistir às aulas pelo celular, por exemplo, já é considerada uma prática comum, assim como o uso de ambientes de aprendizagem em Realidade Aumentada. As novas tecnologias imersivas têm sido grandes aliadas para o aprendizado no ensino a distância.

Avatares e gamificações
Com a chegada do metaverso, uma das tecnologias que tem despertado o interesse dos alunos na aprendizagem virtual é a gamificação. A técnica trabalha estratégias de jogos no ambiente virtual, que podem ser aplicados no dia a dia. Avatares em 3D e outras soluções inovadoras também têm sido aplicadas para estimular o aprendizado do aluno.

Atendimento humanizado
Sim, o presente e o futuro da educação estão realmente focados no universo digital, mas não se pode abrir mão do atendimento humanizado. Cada vez mais, as relações são essenciais para estreitar os laços com a comunidade escolar.

Nunca se falou tanto de competências socioemocionais. As escolas e as universidades não podem mais ignorar o tema saúde mental, devendo, inclusive, inserir essas habilidades no currículo. 

Novas ocupações
O mercado de trabalho mudou muito nos últimos anos e surgiram novas ocupações. Os cursos voltados para a área de saúde ganharam mais destaque após a pandemia, especialmente com foco em gestão. Atualmente, cabe a este profissional municiar o seu time com soluções e tecnologias que garantam a efetividade clínica, a agilidade no atendimento e a segurança do paciente.

Outro curso que tem conquistado espaço na educação continuada é o empreendedorismo. Essa metodologia tem o objetivo de orientar o aluno no desenvolvimento de uma visão empreendedora, que vai além dos negócios. Trata-se de uma abordagem pedagógica voltada para o desenvolvimento pessoal, a criatividade, o protagonismo e a proatividade.

Crescimento das Edtechs
Com a chegada do metaverso, as edtechs – empresas que desenvolvem soluções tecnológicas para a oferta de serviços relacionados à educação, como plataformas de ensino, cursos online, entre outras ferramentas tecnológicas – têm se destacado.

Um levantamento realizado pelo CIEB (Centro de Inovação para a Educação Brasileira) e pela Abstartup (Associação Brasileira de Startups do Brasil), que consolida dados coletados entre 2019 e 2021, mostrou que as edtechs cresceram 26% durante a pandemia de Covid-19. Só em 2021, já representavam 5,7% das startups de maior destaque no Brasil, as chamadas Emerging Giants. De acordo com o Distrito Report, as edtechs devem movimentar, globalmente, mais de US$ 350 bilhões até 2025.

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