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CARRO E MOTO

Depreciação de veículos: como isso interfere na venda?

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Conhecer um pouco mais sobre depreciação de veículos é muito importante para qualquer loja de usados e seminovos, além disso, é muito importante saber de que forma isso pode ser calculado.

O índice de desvalorização do automóvel é fundamental para fazer bons negócios, uma vez que esse processo gera impactos consideráveis nas finanças do estabelecimento.

Se o estoque de carros está perdendo valor constantemente quando não é comercializado, é sinal de que é necessário fazer algumas mudanças.

A venda de carros usados e seminovos é muito comum porque a maioria das pessoas não tem condições de comprar um veículo novo. Mesmo assim, procuram por automóveis em bom estado, afinal, continua sendo um investimento de alto valor.

Carros que passaram por grandes problemas perdem mais valor de mercado do que aqueles que simplesmente foram lançados há algum tempo e já tiveram um proprietário.

Assim sendo, é indispensável saber calcular a depreciação do veículo para fazer um gerenciamento estratégico do processo de compra e vendas.

Pensando nisso, neste artigo, será explicado o que é a depreciação de veículos, como calcular esse processo e de que maneira ele pode afetar nas vendas futuras da loja.

O que é depreciação de veículos?

Depreciação de veículos, também conhecido como índice de desvalorização, é o modo como um automóvel perde valor ao longo do tempo. Quanto maior for a depreciação, mais valor o carro vai perder ao longo do tempo.

Por outro lado, quando a depreciação não é muito grande, o veículo não perde tanto valor. Em uma revendedora de usados e seminovos, esse fator é muito importante porque pode afetar os lucros do negócio consideravelmente.

Se o serviço de suspensão automotiva está em dia e o carro está em boas condições de uso, a desvalorização é menor. É necessário considerar esse aspecto porque o valor de um carro está relacionado ao seu preço.

A diferença entre valor e preço é que o primeiro está relacionado ao quanto o carro vale, enquanto o segundo é o montante que o cliente vai pagar por ele.

Como é feito o cálculo de depreciação?

Para lidar com essa questão, é necessário saber calcular a depreciação do veículo, e existem métodos de cálculo que ajudam a gerenciar melhor o negócio.

Um deles é considerar a depreciação, tendo como base a média do mercado, em muitas lojas utilizam a tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) para fazer um levantamento.

A tabela se baseia em um levantamento nacional para calcular o preço de revenda de um automóvel, assim sendo, deve ser considerada como ponto de partida para saber um pouco mais sobre a depreciação do carro.

Todo tipo de produto ou serviço, como uma rosca transportadora tubular, possui um preço médio, e com o carro não é diferente.

Tudo o que o proprietário da loja precisa fazer é registrar os valores ano a ano para chegar ao índice de desvalorização.

O cálculo se baseia no ano anterior menos o ano seguinte, dividido pelo ano anterior, vezes 100. Fazendo esse cálculo, a loja consegue calcular a desvalorização de 1 ano para outro.

Em relação ao carro 0 km, também ocorre a depreciação, algo que vai reduzindo com o passar do tempo, mesmo assim, é uma informação que precisa ser considerada na hora de precificar o veículo.

Outra forma de fazer o cálculo da depreciação é por meio do sistema da Receita Federal. O próprio órgão compartilha uma forma de calcular o índice de desvalorização contábil, que também está presente para o cálculo de impostos ou patrimônio.

O método considera que a vida útil de um carro é de 5 anos, um valor muito otimista tendo em vista que o Sindipeças calcula que a idade média dos carros brasileiros é de 9 anos e 8 meses.

Passado esse tempo, é comum que o carro precise de mais assistência, desde troca de bateria de carro cral até outros tipos de ajustes e consertos.

A Receita Federal considera que, após 5 anos, o carro já não tem mais valor, uma vez que ultrapassou sua vida útil. O órgão considera uma desvalorização constante de 20%, ou seja, a cada ano de vida, o veículo perde 20% de seu valor.

Em meses, a desvalorização é de 1,666667%, nesse sentido, basta contar a idade do automóvel e calcular a depreciação usando 20% para cada ano ou a porcentagem referente aos meses.

Mas para facilitar o trabalho de cálculo e saber qual é o índice de depreciação do veículo dentro da loja e até mesmo para o cliente que deseja comprar um automóvel, existem sites que funcionam como ferramentas para isso.

Um deles é o site da Receita Federal que divulga uma tabela e o interessado só precisa fazer a conta, de acordo com o exemplo anterior, retirando os 20% ao ano.

Depois de considerar várias peças do veículo, como purgadores de ar automáticos, a loja também pode se basear na tabela Fipe, pois ela mostra o registro completo de todos os automóveis em circulação no Brasil e sua depreciação.

É possível ver como fazer o cálculo e ajustar com base na variação de idade, tendo em vista que a maior depreciação ocorre nos primeiros anos de uso.

Como a depreciação pode afetar as vendas futuras

A depreciação tem como propósito medir o desgaste econômico do bem, mas, às vezes, a depreciação contábil e a desvalorização real podem ser completamente diferentes.

É o caso, por exemplo, de um veículo 0 km que se desvalorizou em 15% no primeiro ano, mas na depreciação contábil, a perda foi de apenas 5%. Cabe à loja calcular o modelo que mais faz sentido.

Mesmo podendo contar com vários recursos que preservam o funcionamento do automóvel, como um estabelecimento com carrinho de oficina mecânica e todos os outros elementos para conserto, ele pode se desvalorizar muito.

Pode ser que nos primeiros anos, sua taxa de depreciação seja maior e ao longo do tempo comece a reduzir. Porém, é importante lembrar que a depreciação não envolve apenas o valor desembolsado do caixa.

A organização pode gastar mais ou menos do que aquele valor que foi indicado pela depreciação para que suas operações permaneçam em bom funcionamento.

O proprietário da loja que queira estimar seu fluxo de caixa ou calcular o EBITDA, precisa reverter a depreciação do veículo.

Também é importante saber que existem vários critérios que podem influenciar na depreciação do carro. A tabela Fipe não traz um valor absoluto, tendo em vista que cada carro é diferente e foi cuidado de uma forma diferente pelo seu proprietário.

A loja de veículos usados e seminovos precisa abrir sua porta de aço reforçada totalmente consciente do quanto vai cobrar pelos automóveis.

É injusto cobrar o mesmo valor para dois carros do mesmo ano e do mesmo modelo, só que um deles já sofreu muitas batidas ou não recebeu todas as manutenções necessárias, enquanto o outro foi muito bem cuidado durante o uso pelo proprietário inicial.

Essas diferenças mudam completamente a precificação, por essa razão, na hora de comprar e vender carros usados, é necessário observar alguns critérios fundamentais, como:

  • Quilometragem;
  • Marca;
  • Modelo;
  • Desgastes.

Também é fundamental verificar a cor, quantidade de donos, origem, eficiência energética, revisões, histórico de acidentes, itens de série e itens opcionais.

Um veículo que possui câmbio automático c4 pallas não pode ter o mesmo valor de outro carro do mesmo modelo, mas sem o câmbio automático.

Além disso, a loja pode calcular a depreciação para ter uma boa estratégia lucrativa. De acordo com um levantamento realizado pela KBB, os carros costumam se desvalorizar muito mais quando são trocados na compra por um novo do que quando são vendidos.

Por exemplo, um veículo pode se desvalorizar em 17% na revenda, mas vale cerca de 40% menos em uma troca. É justamente por isso que muitos proprietários de veículos seminovos e usados preferem fazer trocas.

Mas antes de assumir uma negociação, é importante verificar se o automóvel passou por retífica de câmbio, se está com as revisões em dia e outros critérios mencionados anteriormente.

Assim, é possível fazer um bom negócio, mesmo que o índice de depreciação do bem negociado esteja um pouco elevado.

Considerações finais

Comprar e vender carros no Brasil é um processo muito comum e que faz parte do dia a dia de muitas pessoas, mas existem alguns critérios que precisam ser considerados na hora de fazer essa negociação.

O índice de depreciação veicular é um deles e torna a negociação muito mais justa, tanto para quem compra quanto para quem vende. Saber calculá-lo é a melhor forma de fazer bons negócios e sair satisfeito.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.