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Agro

Secretários de Agricultura querem renegociação das dívidas dos cafeicultores e aumento do preço mínimo para o Conillon

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Por: Lívia Lemos

01O presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Agricultura (Conseagri), engenheiro agrônomo Eduardo Salles, que está à frente da pasta da Bahia, discutiu com os secretários estaduais durante reunião do Conseagri, realizada na sexta-feira (6), na 26º edição da Fenagro, no Parque de Exposições de Salvador, pontos da “Carta da Bahia”, com destaque para a renegociação das dívidas dos produtores e o aumento do preço mínimo do café Conillon.

Eduardo Salles explica que em maio, o governo federal elevou o preço mínimo da saca de 60 quilos do café Arábica de R$ 261,69 para R$ 307,00, mas o café Conillon não teve seu preço mínimo reajustado, e continua a ser comercializado ao preço de R$ 157,00 a saca. “Queremos o aumento do preço mínimo e a prorrogação das dívidas para produtores que tem débitos vencidos ou vincendo, para o café Conillon, como foi feito com o café Arábica”, explicou Salles, informando que o Conseagri enviará ao governo federal ofício solicitando que o pleito dos secretários seja atendido.

A Bahia é o quarto maior produtor de café do Brasil, atrás de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. O café baiano é cultivado em cerca de 10 mil propriedades na Bahia, sendo que 70% pertencem à agricultura familiar, e os 30% restante pertencem a médios e grandes produtores. A lavoura responde diretamente por 150 mil empregos fixos e 100 mil temporários, além de 150 mil empregos indiretos.

Salles informa que a Câmara Setorial do Café elaborou a “Carta da Bahia”, documento que será entregue ao governador Jaques Wagner, para ajudar na recuperação do setor. Aponta os principais problemas da cafeicultura e sugere soluções para minimizar a crise causada, principalmente pela longa seca e pelos baixos preços do produto.

A secretária de Agricultura de São Paulo, Mônika Bergamaschi, eleita presidente do conselho, disse que o Estado, que já foi líder na produção de café, passa pela mesma crise enfrentada pela Bahia. “Em São Paulo o café tem perdido espaço para o desenvolvimento de outras culturas. Para temos um diferencial, começamos a trabalhar com cafés especiais, gourmet, mas o que nos preocup é a tendência do mercado na queda dos preços, o que atrapalha muito os produtores, que mantém a expectativa de ter pouca remuneração”, explica, acrescentando que o Estado tem investido em pesquisas para alcançar variedades melhores e com baixo custo de produção, e reforçando a cadeia produtiva do café.

Fonte: Ascom Seagri

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