Siga-nos

Agro

Por que agricultores consideram Barreiras a Capital do Oeste Baiano?

Barreiras cada vez mais tem se fortalecido economicamente dado ao seu desenvolvimento em segmentos e setores diversificados…

Publicado

em

Barreiras a Capital do Oeste

Imagem meramente ilustrativa | Foto: Zé Filho

A origem do município de Barreiras, Oeste da Bahia, está relacionada à atividade pecuária extensiva, agricultura e ao comércio, através da navegação do Rio Grande, maior afluente à margem esquerda do Rio São Francisco. A descoberta da mangabeira, árvore de cuja seiva se fazia a borracha, contribuiu para a formação do arraial Barreiras, elevado à freguesia, em 1881. O desenvolvimento do município de Barreiras intensificou-se a partir da década de 1960, com a construção da Rodovia Salvador/Brasília (BR-242) e com a introdução da cultura de soja na região. No início do século XX, a agricultura e a pecuária continuavam a se desenvolver, com destaque para o crescimento da produção de algodão e mamona.

Com a vinda de imigrantes vindos do Sul e do Sudeste do país, para produzir em Barreiras, a cidade se transformou num polo agropecuário da região oeste baiana. Hoje, o município ostenta uma produção bem diversificada, que vai desde a soja e do milho, até o café, o feijão, o algodão, sendo considerada pelos agricultores como a capital do Oeste Baiano por causa da sua posição de destaque entre os maiores centros econômicos e agropecuários de toda a região.

“Barreiras nasceu do comércio, cidade polo do Oeste da Bahia, onde agrega povos de várias culturas brasileiras e que vieram tornar esta região o grande celeiro agrícola do Brasil é este polo comercial pujante que faz a alegria de todos. Morar aqui é um motivo de muita comemoração”, disse o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Barreiras (CDL), Carlos Henrique Souza Costa Filho.

Nesse contexto de cidade polo regional, Barreiras cada vez mais tem se fortalecido economicamente dado ao seu desenvolvimento em segmentos e setores diversificados dando-lhe um ritmo de desenvolvimento mais acentuado, sustentável e seguro, com fornecimento de serviços diversos, comércio e agronegócio. Se destacou entre as 15 maiores economias do interior do Nordeste, em 2018. No setor agropecuário o Município está muito bem posicionado, ocupando a terceira colocação entre os 15 maiores PIB’s Agropecuários do interior do Nordeste. Os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e revelam o crescimento da economia de Barreiras, somados bens e serviços produzidos no município.

No Agronegócio nacional, se destaca como grande produtora de algodão plantando 34.491 ha, com 40.291 ha e soja com 128.110 ha, em um total de 202.892 mil ha conforme dados da AIBA 2012. No que se refere a área irrigada possui 301 pivôs implantados em 33.500 ha. É importante ressaltar que possui grande potencial de expansão da área agricultável, pois do total de 7.861,762 km², se utiliza apenas 34% dessa área ainda tendo muito que crescer de forma sustentável e ambientalmente correta na Agricultura e Pecuária.

Na pecuária, o incremento e investimento em tecnologia é fato público e notório, não somente no cerrado (na localidade de Placas, por exemplo, que pertence a Barreiras) mas, também, notadamente na região do vale onde surgem novas propriedade rurais, inclusive com investimentos de grandes grupos que estão influenciando positivamente pequenos e médios pecuaristas a investirem em aprimoramentos tecnológicos sustentáveis o que tem refletido na qualidade e capacidade produtiva de arrobas de carne por hectare, sem falar nos investimentos em genética de ponta em reprodução bovina.

Plantação de Soja no Oeste da Bahia | Foto: Zé Filho

Outro diferencial que destaca Barreiras é que, além de um cerrado altamente produtivo, também possui um vale com grande potencial para a pequena agricultura, piscicultura e pecuária de corte e leite, bem servido de mananciais de água e clima apropriado.

A produção agrícola só cresce na cidade, motivo pelo qual é denominada como a “Capital do Oeste Baiano”, onde são produzidas mais de 400 mil toneladas de soja e 120 mil toneladas de algodão. A principal rodovia de escoamento da produção regional, a BR-242, corta Barreiras e faz da cidade passagem obrigatória de milhares de caminhões.