Agro
Não é só o plantio de grãos que faz o agronegócio no Oeste Baiano
Hoje, a Região Oeste da Bahia, ostenta uma produção bem diversificada, que vai desde a soja e do milho, até o café, o feijão, o algodão e outras culturas como a criação de suínos e caprinos…
Plantação de milho no Oeste Baiano | Foto: Danilo Ramos/Falabarreiras
Sabe-se que a região Oeste é a principal produtora de grãos da Bahia, responsável por gerar divisas para o estado e para o país. Produz em larga escala soja, milho, algodão, café, arroz, fruticultura e feijão, tendo como destaque as culturas de algodão, milho e soja. Além da soja, o algodão vem ganhando cada vez mais espaço na matriz produtiva do oeste da Bahia e trazendo com ele desenvolvimento e empregos. Hoje, se encontram instaladas na região aproximadamente 74 usinas de beneficiamento, das quais 40 estão ativas, em pleno funcionamento.
O modelo baiano de produção do algodão prima pela correta gestão social e ambiental, pelo caráter sustentável da cotonicultura, além da qualidade e tamanho da fibra, foram determinantes para a escolha do oeste da Bahia como ponto de partida para a criação do selo de denominação de origem Pure Brazil Cotton. A iniciativa, que uniu indústria têxtil e produtores, contribuiu para que o algodão da Bahia ganhasse as prateleiras de uma das maiores redes de varejo norte-americanas, em concorrência histórica com o algodão egípcio.
Dados da Cepea indicam que a média de fevereiro do Indicador CEPEA/ESALQ do algodão em pluma, de R$ 6,9805/lp, atingiu recorde nominal, sendo 2,47% maior que a de janeiro/22 e 45,75% superior à de fevereiro/21. Segundo pesquisadores do Cepea, ao longo do mês, “compradores adquiriram lotes para atender à necessidade imediata e/ou para repor estoques, mas buscaram reduzir os valores pagos, diante das dificuldades no repasse dos custos aos seus produtos”.
Além disso, a região Oeste da Bahia é responsável por 66% de todo o milho produzido no estado. Além do aspecto econômico, a cultura do milho é extremamente importante para a região Oeste em termos agronômicos, como opção para rotação de culturas. Na safra 2017/18 a área ficou em 150 mil hectares sendo 140 mil hectares sequeiro e 10 mil irrigado. A cultura do milho, mesmo sendo contemplada com boas condições climáticas, tecnológicas e de irrigação, registrou retração de área plantada de 22% se comparada à safra anterior, mesmo assim, bateu recorde de produtividade registrando 180 sacas por hectare.
A Fundação Bahia, em parceria com as empresas fornecedoras de semente de milho na região, desenvolve a cada safra estudos que avaliam o desempenho dos diferentes híbridos comerciais, além de aspectos relacionados à adubação e controle de doenças. Os resultados são divulgados em publicações e dias de campo, que permitem maior segurança ao produtor na tomada de suas decisões.
Na pecuária, a região manda animais para várias regiões do país. Segundo informações da Associação de Criadores de Caprinos e Ovinos do Oeste (Caprioeste), a cultura é considerada um sucesso na região do oeste baiano. A Bahia é terceiro estado produtor de alevinos, com 11,2% do total nacional. Já os caprinos estão cada vez mais fortes, e em expansão. Eles já formam um rebanho de quase 3 milhões de cabeças só na Bahia. Compõem um segmento da pecuária que cresceu 7,9% no último ano, segundo o IBGE. Só em 2017, o estado passou a ter 218 mil caprinos a mais, de várias raças.
O rebanho volumoso reafirma a resistência do animal considerado um dos símbolos do Nordeste. Ele se adapta facilmente ao clima difícil da região e é capaz de sobreviver enfrentando longos períodos com pouca água. Uma das razões para a bem sucedida adaptação. Das quase 600 espécies vegetais da caatinga, cerca de 70% podem ser usadas na dieta dos ruminantes. Eles comem de tudo: das plantas de porte alto, como a algaroba e o sabiá, até os espinhosos carrapicho e mandacaru.
O grupo norte-americano Carroll Family Farms, que há 80 anos atua nos Estados Unidos e há 17 no Brasil, já sinalizou interesse em implantar no Oeste baiano uma granja núcleo, com foco no melhoramento genético de suínos. O assunto foi amplamente discutido, na semana passada, durante visita de representantes do grupo à região. Recebidos pela diretoria da Aiba e do Iaiba, eles se reuniram também com representantes da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) e do Ministério da Agricultura e do Abastecimento (Mapa).
Em 2019, a expansão da suinocultura ocupou o cenário com a visita do grupo norte-americano Carroll Family Farms, que há 80 anos atua nos Estados Unidos e há 17 no Brasil em que sinalizou interesse em implantar no Oeste baiano uma granja núcleo, com foco no melhoramento genético de suínos.
Com uma produção anual de 160 mil suínos nos Estados Unidos, o grupo se animou com as características da região Oeste que são bem favoráveis para a implantação do empreendimento, proporcionando instalações e manejo de alta tecnologia.
“Enquanto que nos Estados Unidos temos um inverno rigoroso e desafios enormes com doenças, o Oeste da Bahia é ideal para o conforto térmico para as matrizes, isso pode permitir uma ambiência boa e maximizar a produção, oferecendo o controle de processos, a nutrição e genética avançadas, o que resultará na produção de carne com elevados padrões para o mercado nacional e internacional”, defende.
Portanto, a Região Oeste se destaca hoje pela grande diversidade de cultivos na produção agrícola e sua expansão se deve cada vez mais ao desenvolvimento deste setor que cresce a cada ano de acordo com estimativas.
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