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Agro

Faeb e Banco do Brasil discutem sobre crédito rural

Entidade financeira pretende aumentar em 20% o volume de crédito para o setor produtivo

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Instituição financeira com maior volume de financiamento agrícola, o Banco do Brasil pretende aumentar ainda mais a seu investimento em agronegócio. Foi o que anunciou o vice-presidente da carteira, Renato Naegele, ao visitar a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), nesta quinta-feira (9).

Animado com o anúncio de um Plano Safra 2022/23 robusto, ele prevê uma participação expressiva do banco na disponibilização de recursos para o setor, com distribuição para diversas cadeias produtivas. Dos R$ 13 bi de recursos controlados em crédito rural disponibilizados no ano passado pelo banco, R$ 4,2 bi foram só para a Bahia, beneficiando pequenos, médios e grandes produtores. O Banco do Brasil também incrementou em 49,8% as operações do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

“Precisamos apoiar o setor produtivo, pois não estamos falando apenas de segurança alimentar, mas de inclusão alimentar de uma parcela da população. Não bastasse a sua essencialidade nesta área, o agronegócio é importante também para a economia. Na última década, enquanto a indústria reduziu 12% e o serviço 3%, o setor agropecuário cresceu 26% e, hoje, sozinho, ele é sendo responsável por 27,1% do PIB do Estado”, defendeu. 

Naegele está otimista quanto a um crescimento ainda maior. “A condução deste Plano Safra será determinada pelas oportunidades geradas. No próximo ano agrícola, o Brasil terá uma forte demanda por milho e trigo, resultado dos conflitos entre Rússia e Ucrânia, que ocasionou, na Europa, a redução da produção dos cereais e a menor capacidade de importação. A tendência é que o Brasil aumente a sua participação nesse mercado”, avaliou.

O presidente da Faeb, Humberto Miranda, ressaltou que a potência do agro brasileiro no cenário global. “Se um dia o País tiver que sentar para negociar tête-à-tête com as grandes potências do mundo será pelo seu potencial produtivo, porque o mundo precisa comer e nós somos o grande celeiro de produção de alimentos, e onde há fome não há paz”

, destacou.

Circuito Agro – No encontro, também foi abordado a iniciativa do Banco do Brasil em parceria com a Faeb que resultou em um ciclo de treinamento, levando informações técnicas, gerenciais e de crédito à população rural de algumas cidades baianas. O evento já foi realizado em Gandu, Itamaraju e Juazeiro e na próxima semana chegará aos municípios de Campo Formoso e Senhor do Bonfim. 

“Essa é mais uma parceria bem-sucedida entre a instituição financeira e entidade de classe. Essa aproximação é fundamental para construir uma política de crédito forte e condizente com as necessidades dos produtores rurais. Não posso deixar de dizer que o Banco do Brasil voltou a financiar a lavoura do cacau após diálogo com a Faeb. A nossa meta é estreitar ainda mais esse relacionamento. A partir de julho visitaremos os 89 sindicatos rurais baianos para sermos mais assertivos no atendimento”, disse o superintendente do Banco, Eduardo Lima.

Também participaram da reunião os superintendentes Eliésio Vasconcelos, João Deom, Marcel Peti, Júlio Ramalho, Rodrigo Pamponet e o gerente de agronegócios Marcelo Castro. Da Faeb estavam os vice-presidentes Guilherme Moura e Riu Dias; os superintendentes Carine Magalhães e Edmundo Neto; e o assessor jurídico Carlos Bahia.