Agro
A ovinocultura no Oeste da Bahia
Investir em ovinos e caprinos é ter várias possibilidades de lucro. A estimativa é de crescimento, pois os números indicam uma demanda no mercado e mudanças de hábito positivas no consumo…
![Ovinocultura](https://falabarreiras.com/wp-content/uploads/2022/05/A-ovinocultura-no-Oeste-da-Bahia.jpg)
![Ovinocultura](https://falabarreiras.com/wp-content/uploads/2022/05/A-ovinocultura-no-Oeste-da-Bahia.jpg)
Imagem meramente ilustrativa | Foto: Reprodução ABC Dorper
O objetivo da ovinocultura é a produção de alimentos de origem ovina, na forma de carne e leite, e de outros produtos, tais como a lã extraída destes animais.
A ovinocultura está distribuída em o todo território nacional, com uma grande diversidade de raças, portanto, tem grande potencial de crescimento. A produção de carne ovina é uma atividade que vem se desenvolvendo gradativamente no país, mudando o foco e crescendo em regiões onde antes esta atividade era insignificante.
Em 2019, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o Brasil contabilizou 20 milhões de cabeças ovinas em todo país. Atualmente no Brasil, conforme dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o rebanho nacional de ovinos gira em torno de 18,2 milhões de cabeças.
Deste modo, muitas regiões vêm viabilizando sistemas de produção de ovinos em pequenas propriedades, como agricultura familiar, e tornando-se mais uma alternativa de investimento no meio agropecuário.
O crescimento da ovinocultura de corte tem sido impulsionado pelo elevado potencial do mercado consumidor e pela crescente aceitação da carne de cordeiro. Com o consumo em açougues, grandes restaurantes e churrascarias, a carne de cordeiro, como produto nobre, tem o seu mercado estabelecido em grandes centros, garantindo um valor agregado que sustenta toda a cadeia da produção.
Esse cenário assume destaque também na região Oeste da Bahia, onde a ovinocultura tem crescido por causa da grande demanda da carne de cordeiro. Por ser de fácil criação e adaptação ao clima dessa região, a criação de ovinos que engloba ovelhas e carneiros, é bastante promissor, com espaço para crescer na região.
Vale lembrar que na maioria das cidades do Oeste Baiano, ainda é pouco explorado o aproveitamento tecnológico da carne de ovinos. E, quando realizado, na maioria das vezes, ocorre de forma artesanal. Nesse sentido, a elaboração de produtos processados ou embutidos constitui uma alternativa viável, pois permite o maior aproveitamento da carne desses animais, aumentando, desse modo, a rentabilidade do processo produtivo. Além disso, o processamento reduz as características indesejáveis da carne de animais velhos ou de descarte, como menor maciez, alto teor de gordura, odor e sabor intensos.
A produção de insumos da agricultura garante a qualidade na alimentação dos animais a um baixo custo. A região manda animais para várias regiões do país e a Associação de Criadores de Caprinos e Ovinos do Oeste (Caprioeste), desde 1996 contribui para que essa cultura seja considerada um sucesso na região Oeste. Deste modo, a ovinoculturatende a crescer muito pois possui as condições climáticas e área suficiente para isso. No entanto, os produtores precisam apostar em modelos de gestão moderna e atualização de tecnologias.
Hoje o consumo de carne de carneiro, no Brasil, é da ordem de 0,7 kg/ano por pessoa. Para que o consumo passe para 2,5 kg/ano por pessoa, é preciso um rebanho de 50 milhões de cabeças contra os atuais 17,6 milhões.
A estimativa é de crescimento, pois os números indicam uma demanda no mercado e mudanças de hábito positivas no consumo. Os produtores estão se adaptando a formas mais modernas e tecnológicas de produção.
Segundo o engenheiro agrônomo Cícero Lucena, analista da Área de Transferência de Tecnologia da Embrapa Caprinos e Ovinos, entre os fatores para este crescimento está o destaque da caprinocultura como atividade socioeconômica de grande importância para o Semiárido brasileiro, que concentra 90% do efetivo do rebanho nacional. “Enquanto as demais regiões do país, como Sul e Sudeste, apresentaram redução do rebanho, a região Nordeste apresentou um crescimento de 18%, mesmo após os últimos cinco anos de secas severas registradas na região, evidenciando a grande adaptabilidade do rebanho, e em muitos municípios, constituindo-se em uma das principais fontes de segurança alimentar e de renda para os agricultores”.
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